BURNOUT SYNDROME
[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor deste artigo]
O termo inglês "burnout" ou "burn-out" é utilizado na expressão "síndrome de burnout" e tem sido grafado em português com a inicial maiúscula ("Burnout").
Não é recomendável se escrever "síndrome de Burnout" (com "B" maiúsculo) porque o vocábulo não é um nome próprio ou sobrenome. "Burn-out" significa, em português, "exaustão" ou "esgotamento".
A síndrome de burnout recebeu o código "Z73.0" da Classificação Internacional de Doenças (décima edição) (CID-10). Na versão brasileira da CID-10, o código "Z73.0" é identificado apenas como "esgotamento". Na CID em espanhol foi traduzido como "agotamiento" e na CID em inglês, o código "Z73.0" se refere a "burn-out, state of vital exhaustion".
A CID-11 (décima primeira edição) entrou em vigor oficialmente em 1º de janeiro de 2022, na sua versão em língua inglesa, onde a síndrome de burnout recebe o código "QD85" referente a "Burn-out".
Por se tratar de palavra em língua estrangeira, seria mais adequado grafar-se "burnout" entre aspas (síndrome de "burnout"), porém o termo já está praticamente incorporado ao idioma português e as aspas, em geral, não são aplicadas. Recomendamos o uso do termo "síndrome do burnout", onde a preposição "de" é substituída por "do", subentendendo-se que "burnout" seria um substantivo masculino equivalente a "esgotamento".
Talvez, com o passar do tempo, o termo "burnout" seja aportuguesado para "burnaute", a exemplo do que ocorreu com a palavra inglesa "black-out" que no Brasil já é grafada como "blecaute".
Os países de língua espanhola já utilizam o termo "síndrome de desgaste profesional". Chegaram a usar
O termo "burnout" foi criado pelo psicólogo Herbert J. Freunderberger (1926-1999), nascido na Alemanha e naturalizado estadunidense. Freunderberger utilizou o vocábulo "burnout" pela primeira vez em 1974, no seu livro Burn-out: The High Cost of High Achievement (Burn-out: O Alto Custo da Alta Performance). O pesquisador observou grupos de trabalhadores que apresentavam uma redução gradual do humor, desmotivação e sintomas físicos e psíquicos, caracterizando um quadro de "sentir-se exausto".
A partir de 1981, a psicóloga social estadunidense Christina Maslach passou a estudar o modo como as pessoas enfrentavam os estímulos emocionais em seu trabalho, confirmando as conclusões de Freunderberger.
A síndrome do burnout caracteriza-se por redução do apetite, cansaço, insônia, dor cervical, irritabilidade, episódios de gritos, ansiedade, depressão, respostas rígidas e inflexíveis, frustração e expressões de hostilidade.
[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor do conteúdo escrito deste artigo, inclusive criação, pesquisa, tradução e edição]
Pessoalmente, não recomendamos o uso em língua portuguesa da expressão "síndrome de burnout". "Síndrome do esgotamento" ou "síndrome do esgotamento profissional" são opções mais adequadas, inclusive do ponto de vista linguístico. Outra opção de tradução para o português é "estafa profissional" (ou "síndrome da estafa profissional"). No Brasil, o Ministério da Saúde passou a utilizar a terminologia: "Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional".
Por se tratar de palavra em língua estrangeira, seria mais adequado grafar-se "burnout" entre aspas (síndrome de "burnout"), porém o termo já está praticamente incorporado ao idioma português e as aspas, em geral, não são aplicadas. Recomendamos o uso do termo "síndrome do burnout", onde a preposição "de" é substituída por "do", subentendendo-se que "burnout" seria um substantivo masculino equivalente a "esgotamento".
Talvez, com o passar do tempo, o termo "burnout" seja aportuguesado para "burnaute", a exemplo do que ocorreu com a palavra inglesa "black-out" que no Brasil já é grafada como "blecaute".
Os países de língua espanhola já utilizam o termo "síndrome de desgaste profesional". Chegaram a usar
a curiosa expressão "síndrome de estar quemado por el trabajo" ou "síndrome de quemarse", mas também usam "síndrome de burnout". Em alemão, é "Burn-out". Em francês, "syndrome d'épuisement professionnel". Em italiano, "sindrome da burnout".
No Japão, a síndrome do burnout é chamada de "moetsukishokogun".
O termo "burnout" foi criado pelo psicólogo Herbert J. Freunderberger (1926-1999), nascido na Alemanha e naturalizado estadunidense. Freunderberger utilizou o vocábulo "burnout" pela primeira vez em 1974, no seu livro Burn-out: The High Cost of High Achievement (Burn-out: O Alto Custo da Alta Performance). O pesquisador observou grupos de trabalhadores que apresentavam uma redução gradual do humor, desmotivação e sintomas físicos e psíquicos, caracterizando um quadro de "sentir-se exausto".
A partir de 1981, a psicóloga social estadunidense Christina Maslach passou a estudar o modo como as pessoas enfrentavam os estímulos emocionais em seu trabalho, confirmando as conclusões de Freunderberger.
A síndrome do burnout caracteriza-se por redução do apetite, cansaço, insônia, dor cervical, irritabilidade, episódios de gritos, ansiedade, depressão, respostas rígidas e inflexíveis, frustração e expressões de hostilidade.
Também são frequentes, incapacidade de concentração no trabalho, aumento de conflitos com colegas de trabalho, aumento do absenteísmo, apatia frente à empresa, desejo de isolamento, redução da qualidade do trabalho, fadiga emocional, atitude cínica, consumo aumentado de café, cigarro, álcool e tranquilizantes./eat
COMO CITAR ESTE ARTIGO -- HOW TO CITE THIS ARTICLE:
Tuoto, E. A. "Síndrome de Burnout." In: História da Medicina by Dr Elvio A Tuoto (Internet). Brasil, 2007. Consulta em [dia, mês, ano]. Disponível em:
http://historyofmedicine.blogspot.com/2007/12/sndrome-de-burnout-ou-sndrome-do.html
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REFERÊNCIAS:
1- Freudenberger H (1974): Staff burn-out. Journal of Social Issues. 30: 159-165.
2- Maslach CGJ (1998): Prevention of burnout: new perspectives. Applied Preventive Psychology 7: 63-74.
3- Trigo TR, Teng CT, Hallak JEC (2007): Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Rev psiquiatr clín. 34(5): 223-233./eat
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[Last modified: 22-April-2023]
[Last modified: 22-April-2023]
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Um comentário:
olá, estava procurando sobre a sindrome e sua classificação, para fazer um laudo e encontrei em sua pag. de forma bem objetiva e clara. se realmente for usar/citar, aviso em que,como e para que fim. obrigada pela ajuda,
margareth guimaraes/psicologa clinica,
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