6 de julho de 2014

MINICONTOS MÉDICOS


Os três minicontos médicos a seguir são de nossa autoria e foram publicados na Revista Iátrico,  publicação científica-cultural do Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná.


LITÍASE            

Autor: Elvio Armando Tuoto

O médico residente empolgado disse ao professor orientador:
-  A dona Rosa está com pedra na vesícula e o seu Carlos …

- Não me interesso por dona Rosa ou seu Carlos - interrompeu o professor. - Me informe apenas o número do leito e o diagnóstico.

- O leito 29 está com pedra na vesícula. O leito 14, com pedra na bexiga e o leito 17, com pedra no rim direito. E, se me permite, caro professor número 01, o senhor tem uma pedra enorme no coração.


O NEURÔNIO ALOÍSIO                    

Autor: Elvio Armando Tuoto

O neurônio Aloísio estava muito distraído e esquecido. Não conseguia mais amarrar os sapatos. Não lembrava onde tinha guardado os documentos. Tinha até se perdido a caminho do hipocampo. E agora esqueceu o próprio nome.

- Você sabe meu nome completo? - perguntou ao neurônio Ramón.

- Claro. Você se chama Aloysius Alzheimer.


ENNUI                              

Autor: Elvio Armando Tuoto

O médico explicou para a paciente:
- Tenho boas notícias para a senhora: sua videolaringoscopia, cineangiocoronariografia, colonoscopia, ultrassonografia de abdômen total, espirometria, audiometria, angiorressonância magnética cerebral e todos os 97 exames laboratoriais estão perfeitamente normais.

- Mas doutor, – disse a paciente – então, o que é que eu tenho?

- Nada, absolutamente nada, – afirmou o médico - mas diga às suas amigas que tem uma doença muito rara e com um nome difícil: taedium vitae, que os franceses chamam de “ennui”.


Copyright © Elvio Armando Tuoto, 2014

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[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor]
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29 de junho de 2013

OS VÔOS PARA O TRATAMENTO DA COQUELUCHE

               
Bacilos de Bordetella pertussis (em verde) alojados entre cílios do aparelho respiratório


THE FLIGHTS FOR THE TREATMENT OF WHOOPING COUGH


[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor deste artigo]
[NÃO AUTORIZO CÓPIA]
Copyright © Elvio Armando Tuoto, 2013

12 de maio de 2013

O TWITTER ME TORNA UM MÉDICO MELHOR: 4 MOTIVOS PARA EU USAR O TWITTER




TWITTER MAKES ME A BETTER DOCTOR: 4 REASONS WHY I USE TWITTER

Publicado originalmente em inglês (25 março 2013) no blog "KevinMD.com, social media's leading physician voice".  

READ: THE ORIGINAL ARTICLE IN ENGLISH

Autora: Brittany Chan

[Tradutor: Elvio Armando Tuoto]

NÃO AUTORIZO CÓPIA. Todos os direitos reservados.
NO PART OF THIS ARTICLE MAY BE REPRODUCED. All rights reserved.

Mesmo com o aumento da popularidade das mídias sociais entre os médicos, eu continuo percebendo que meus colegas estudantes de medicina, residentes e atendentes, têm dúvidas principalmente sobre o uso do Twitter.

Muitos deles perguntam como a utilização do Twitter me beneficiou, e minha resposta quase sempre os faz parar e pensar.

Minha vida se enriqueceu pela rede de contatos com pessoas inteligentes e com visão de futuro que encontrei no Twitter, muitos deles estudantes de medicina, médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais que ingressaram nas mídias sociais.

Eu me tornei uma pessoa mais completa e uma futura médica mais bem informada e confiante - e eu aprendi muito.

Por que os profissionais médicos deveriam pensar seriamente em ingressar no Universo-Twitter?

Apresento a seguir apenas alguns dos motivos:

Mantenha-se atualizado com notícias e literatura médica. Médicos e estudantes de medicina (!) são muito ocupados e nem sempre têm tempo para pesquisar o que está acontecendo no mundo. O Twitter traz de modo vantajoso notícias e pesquisas diretamente para o seu feed.

Como estudante de medicina e futura pediatra, eu sigo as contas no Twitter de sociedades médicas oficiais, como a AAP (@AmerAcadPeds) e AAMC (@AAMCToday), das principais revistas médicas, incluindo o JAMA (@JAMA_current) e The Lancet (@TheLancet), como também de médicos de diversas especialidades, os quais freqüentemente tuitam novos e interessantes artigos.

Eu tomei conhecimento sobre a epidemia de coqueluche do ano passado em Seattle através do Twitter, e estou seguindo os tuites sobre a gripe deste ano durante a temporada de influenza. Eu costumo encontrar sem querer estudos que possam me ajudar na prática; na semana passada aprendi que o cefdinir e as fórmulas para amamentação infantil suplementadas com ferro podem resultar em fezes avermelhadas sem a presença de sangue quando ingeridos associados. Eu também sigo várias agências de notícias da mídia, como a CNN, The New York Times e The Wall Street Journal para me manter informada sobre os acontecimentos da atualidade.

Compartilhe ideias e aprenda com os outros. O Twitter é um fórum aberto de conversação com o mundo. Na minha opinião, este é o uso mais valioso do Twitter.

Eu sigo pessoas que tuitam sobre coisas que me interessam, tanto sobre assuntos relacionados à medicina como não. Como estudante de medicina, eu tenho utilizado o Twitter como uma ferramenta de estudo, fazendo perguntas e acumulando conhecimento obtido de médicos, residentes e outros estudantes. Eu escuto e converso em vários tweet-chats, como os chats do the mobile health (# mHealth), do healthcare social media (#hcsm), e do medical education (#meded). Eu ouço pacientes compartilhando suas histórias e acompanho blogs.

Alguns dos meus blogs favoritos são escritos por pais de crianças com necessidades especiais. NoahsDad.com é um blog fantástico sobre Noah, um jovem maravilhoso com síndrome de Down. O post da história do seu nascimento levou-me à beira das lágrimas e me proporcionou uma visão profunda sobre a reação dos pais frente ao seu diagnóstico. Eu pude entender o que eles gostaram e o que não gostaram sobre o modo como os médicos os informaram sobre a doença do filho, e o quanto eles o amavam.

Blogs como este tem me dado uma nova perspectiva sobre os desafios e vitórias destas famílias especiais. Este blog, sem dúvida, me ajudará a cuidar de meus pacientes com necessidades especiais no futuro.

Ajude os pacientes. Isso não significa prestar atendimento médico através da internet, ou seguir meus pacientes no Twitter ou qualquer coisa desse tipo. Os pacientes, porém, estão on-line e muitos estão no Twitter. Como profissionais médicos, nós podemos ajudar a disseminar informações confiáveis sobre saúde na web. O Twitter oferece um grande canal para que os médicos possam direcionar as pessoas para sites conceituados com informações sobre saúde, acabar com mitos, compartilhar artigos úteis e esclarecer as pessoas sobre temas médicos.

Por exemplo, eu tuito e retuito artigos dos CDC sobre vacinas, conselhos aos pais do HealthyChildren.org e muitas outras dicas de saúde fornecidas por instituições médicas acadêmicas.

É divertido! Talvez o motivo mais importante que me faz tuitar é que é divertido! Eu adoro passar o tempo no Twitter. Eu aprendo algo novo todos os dias e leio muitos tuites hilariantes ou divertidos ao longo do caminho. Eu me conectei com pessoas que eu nunca imaginei que teria contato, todos com uma infinidade de ideias e opiniões. Este ambiente é muito dinâmico.

O Twitter é um modo interessante de comunicação e é algo em que me envolvi porque gosto. Se você está pensando em iniciar a sua própria jornada no Twitter, mas está preocupado com o tempo que vai gastar, lembre-se de que o que você fizer com o Twitter ou quanto tempo você gastar com ele depende só de você. Você não precisa entender muito de informática para usá-lo. O Twitter exige apenas habilidade para digitar e clicar, eu prometo!

É lógico que você sempre deve tomar cuidado com o que for tuitar e deve usar o bom senso. Embora o Twitter possa não ser indicado para todo mundo, eu o considero pessoal e profissionalmente gratificante, e incentivo todos os profissionais de saúde a dar uma olhada.

Brittany Chan é uma estudante de medicina que bloga no iMedicalApps.com, onde este artigo foi originalmente publicado. Ela pode ser encontrada no Twitter @BChanMed.

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8 de maio de 2013

A IMPORTAÇÃO ILEGAL DE MÉDICOS PARA O BRASIL


6.000 MÉDICOS CUBANOS ATUARÃO NO BRASIL SEM REVALIDAÇÃO DO DIPLOMA


O Conselho Federal de Medicina (CFM) considerou eleitoreira, irresponsável e desrespeitosa a proposta anunciada em 06 de maio de 2013  pelo governo brasileiro no sentido de trazer 6.000 médicos cubanos para atuar no Brasil, "como solução para a cobertura assistencial nas áreas de difícil provimento" (sic).

Em nota, a entidade condenou veementemente a entrada de médicos estrangeiros ou de brasileiros que obtiveram diplomas em cursos no exterior e que não tiveram sua respectiva revalidação.

O CFM e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) enfatizaram que envidarão todos os esforços possíveis e necessários, inclusive as medidas jurídicas cabíveis, para assegurar o Estado Democrático de Direito no país, com base na dignidade humana. Acrescentaram que este princípio passa a ser desrespeitado pela irreverência do Poder Executivo ao pretender ofertar à parcela maior e mais carente da população brasileira assistência à saúde sem segurança e qualificação.

Também conclamaram o Poder Legislativo; o Poder Judiciário; o Ministério Público; as entidades médicas; as universidades; a imprensa; e todos os movimentos da sociedade civil organizada a se posicionarem contra esta agressão à Nação e em benefício de um sistema público de saúde desqualificado.

Ressaltaram que a população brasileira precisa, na realidade, de médicos bem formados, bem preparados, bem avaliados e com estímulo para o trabalho.


LEIA: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA E A IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS SEM REVALIDAÇÃO DO DIPLOMA


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