GRANDES MÉDICOS BRASILEIROS (II)
GREAT BRAZILIAN PHYSICIANS (II)
[Artigo originalmente postado no blog Biografias Médicas by Dr Elvio A Tuoto em 13 de janeiro de 2007]
ADOLPHO (ou ADOLFO) LUTZ (1855-1940)
[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor deste artigo]
[NÃO AUTORIZO CÓPIA]
Copyright © Elvio Armando Tuoto, 2007-2013
Médico e sanitarista brasileiro, nascido na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
É considerado o fundador da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil.
Adolfo Lutz cursou medicina na Universidade de Berna (Suíça), completando seu mestrado em 1880.
Em seguida, continuou seus estudos em microbiologia e medicina experimental em vários centros europeus: em Londres (Reino Unido), onde estudou com Joseph Lister (1827-1921), Leipzig (Alemanha), Viena (Áustria), Praga (atual República Tcheca) e em Paris (França), onde conheceu Louis Pasteur (1822-1895).
Lutz retornou ao Brasil em 1881. No ano seguinte, instalou-se na cidade de Limeira (São Paulo), onde trabalhou como clínico geral durante alguns anos.
Em 1885, viajou à Hamburgo (Alemanha), onde atuou ao lado do dermatologista Paul Gerson Unna (1850-1929 ), especializando-se em doenças infecciosas e medicina tropical, com ênfase no estudo da hanseníase.
Em 1889, transferiu-se para o Havaí (Estados Unidos), como especialista em hanseníase, onde permaneceu alguns anos, integrando a equipe do Hospital Kalihi, na ilha de Molokai. Lá, conheceu a enfermeira inglesa Amy Marie Gertrude Fowler, com quem viria a se casar em 1891.
Em seguida, trabalhou na Califórnia (Estados Unidos), antes de retornar ao Brasil. Lutz atendeu ao convite do governador de São Paulo para participar da direção do Instituto Bacteriológico, o primeiro no gênero na América do Sul, atualmente denominado "Instituto Adolfo Lutz" em sua homenagem.
Em 1902, participou de experiência com Emílio Ribas e outros médicos destacados, na qual se comprovou o mecanismo de transmissão da febre amarela atraves do mosquito Aedes aegypti.
Em 1908, foi convidado por Oswaldo Cruz para dirigir um setor do Instituto Soroterápico Federal (Manguinhos), no Rio de Janeiro, mais tarde denominado Instituto Oswaldo Cruz, tendo permanecido nesse cargo até o final de sua vida.
Lutz foi o responsável por contribuições pioneiras no estudo das doenças epidêmicas e endêmicas que assolavam o Brasil à sua época, como cólera, febre amarela, febre tifoide e malária.
Descreveu o primeiro caso de blastomicose sul-americana (paracoccidioidomicose) em 1908, a qual também foi denominada "blastomicose de Lutz", "doença de Lutz" ou "doença de Lutz-Splendore-Almeida".
Dentre suas muitas realizações, Adolpho Lutz também foi responsável por pesquisas pioneiras em entomologia médica e nas propriedades terapêuticas das plantas brasileiras ). Na área de zoologia, descreveu diversas novas espécies de anfíbios e de insetos, inclusive o Anopheles lutzii (um mosquito do gênero Anopheles).
Em 1955, os Correios do Brasil homenagearam o centenário do nascimento de Adolfo Lutz com a emissão de um selo postal./eat
EPÔNIMOS ASSOCIADOS:
1- DOENÇA DE LUTZ-SPLENDORE-ALMEIDA ou BLASTOMICOSE DE LUTZ ou DOENÇA DE LUTZ
2- GRANULAÇÕES DE LUTZ-UNNA
3- Anopheles lutzi (Cruz, 1901)
4- Lutzomyia cruzi (Mangabeira, 1938)
5- Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912)
/eat
COMO CITAR ESTE ARTIGO -- HOW TO CITE THIS ARTICLE:
Tuoto, E. A. "Adolpho Lutz (Biografia)." In: Biografias Médicas by Dr Elvio A Tuoto (Internet). Brasil, 2007. Consulta em [dia, mês, ano]. Disponível em:
http://medbiography.blogspot.com/2007/01/adolfo-lutz-incl-selo-stamp.html
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ADOLPHO (ou ADOLFO) LUTZ (1855-1940)
[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor deste artigo]
[NÃO AUTORIZO CÓPIA]
Copyright © Elvio Armando Tuoto, 2007-2013
Médico e sanitarista brasileiro, nascido na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
É considerado o fundador da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil.
Adolfo Lutz cursou medicina na Universidade de Berna (Suíça), completando seu mestrado em 1880.
Em seguida, continuou seus estudos em microbiologia e medicina experimental em vários centros europeus: em Londres (Reino Unido), onde estudou com Joseph Lister (1827-1921), Leipzig (Alemanha), Viena (Áustria), Praga (atual República Tcheca) e em Paris (França), onde conheceu Louis Pasteur (1822-1895).
Lutz retornou ao Brasil em 1881. No ano seguinte, instalou-se na cidade de Limeira (São Paulo), onde trabalhou como clínico geral durante alguns anos.
Em 1885, viajou à Hamburgo (Alemanha), onde atuou ao lado do dermatologista Paul Gerson Unna (1850-1929 ), especializando-se em doenças infecciosas e medicina tropical, com ênfase no estudo da hanseníase.
Em 1889, transferiu-se para o Havaí (Estados Unidos), como especialista em hanseníase, onde permaneceu alguns anos, integrando a equipe do Hospital Kalihi, na ilha de Molokai. Lá, conheceu a enfermeira inglesa Amy Marie Gertrude Fowler, com quem viria a se casar em 1891.
Em seguida, trabalhou na Califórnia (Estados Unidos), antes de retornar ao Brasil. Lutz atendeu ao convite do governador de São Paulo para participar da direção do Instituto Bacteriológico, o primeiro no gênero na América do Sul, atualmente denominado "Instituto Adolfo Lutz" em sua homenagem.
Em 1902, participou de experiência com Emílio Ribas e outros médicos destacados, na qual se comprovou o mecanismo de transmissão da febre amarela atraves do mosquito Aedes aegypti.
Em 1908, foi convidado por Oswaldo Cruz para dirigir um setor do Instituto Soroterápico Federal (Manguinhos), no Rio de Janeiro, mais tarde denominado Instituto Oswaldo Cruz, tendo permanecido nesse cargo até o final de sua vida.
Lutz foi o responsável por contribuições pioneiras no estudo das doenças epidêmicas e endêmicas que assolavam o Brasil à sua época, como cólera, febre amarela, febre tifoide e malária.
Descreveu o primeiro caso de blastomicose sul-americana (paracoccidioidomicose) em 1908, a qual também foi denominada "blastomicose de Lutz", "doença de Lutz" ou "doença de Lutz-Splendore-Almeida".
Dentre suas muitas realizações, Adolpho Lutz também foi responsável por pesquisas pioneiras em entomologia médica e nas propriedades terapêuticas das plantas brasileiras ). Na área de zoologia, descreveu diversas novas espécies de anfíbios e de insetos, inclusive o Anopheles lutzii (um mosquito do gênero Anopheles).
Em 1955, os Correios do Brasil homenagearam o centenário do nascimento de Adolfo Lutz com a emissão de um selo postal./eat
EPÔNIMOS ASSOCIADOS:
1- DOENÇA DE LUTZ-SPLENDORE-ALMEIDA ou BLASTOMICOSE DE LUTZ ou DOENÇA DE LUTZ
2- GRANULAÇÕES DE LUTZ-UNNA
3- Anopheles lutzi (Cruz, 1901)
4- Lutzomyia cruzi (Mangabeira, 1938)
5- Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912)
/eat
COMO CITAR ESTE ARTIGO -- HOW TO CITE THIS ARTICLE:
Tuoto, E. A. "Adolpho Lutz (Biografia)." In: Biografias Médicas by Dr Elvio A Tuoto (Internet). Brasil, 2007. Consulta em [dia, mês, ano]. Disponível em:
http://medbiography.blogspot.com/2007/01/adolfo-lutz-incl-selo-stamp.html
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REFERÊNCIAS:
1- Lutz A (1946): Relatório do Hospital dos Lazaros do Rio de Janeiro, 1887. In: Souza-Araújo HC. História da Lepra no Brasil. Períodos coloniais e monárquicos (1500-1888). Rio de Janeiro, Imprensa Nacional.
2- Lacaz CS (1966) Vultos da medicina brasileira. São Paulo. Pfizer. 3 vols.
3- Siqueira LFG, Almeida RG, Belda W (1983): Comportamento tintorial do Mycobacterium leprae: revisão histórica. Rev. Saúde Pública. 17(4):297-315.
4- Antunes JL, Nascimento CB, Nassi LC, Pregnolatto NP (1992): Instituto Adolfo Lutz: 100 anos de laboratório de saúde pública. São Paulo, Secretaria de Estado de Saúde, Instituto Adolfo Lutz, Editora Letras & Letras.
5- Benchimol JL (2003): Adolpho Lutz: um esboço biográfico. Hist cienc saude-Manguinhos 10 (1)./eat
VEJA: SELO POSTAL DE ADOLPHO LUTZ
LEIA: HISTÓRIA DA DOENÇA DE LUTZ-SPLENDORE-ALMEIDA
[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor do conteúdo escrito deste artigo, inclusive criação, pesquisa, tradução e edição]
1- Lutz A (1946): Relatório do Hospital dos Lazaros do Rio de Janeiro, 1887. In: Souza-Araújo HC. História da Lepra no Brasil. Períodos coloniais e monárquicos (1500-1888). Rio de Janeiro, Imprensa Nacional.
2- Lacaz CS (1966) Vultos da medicina brasileira. São Paulo. Pfizer. 3 vols.
3- Siqueira LFG, Almeida RG, Belda W (1983): Comportamento tintorial do Mycobacterium leprae: revisão histórica. Rev. Saúde Pública. 17(4):297-315.
4- Antunes JL, Nascimento CB, Nassi LC, Pregnolatto NP (1992): Instituto Adolfo Lutz: 100 anos de laboratório de saúde pública. São Paulo, Secretaria de Estado de Saúde, Instituto Adolfo Lutz, Editora Letras & Letras.
5- Benchimol JL (2003): Adolpho Lutz: um esboço biográfico. Hist cienc saude-Manguinhos 10 (1)./eat
VEJA: SELO POSTAL DE ADOLPHO LUTZ
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