29 de dezembro de 2007

PIRAJÁ DA SILVA: QUASE DESCONHECIDO NA BAHIA




PIRAJÁ DA SILVA: ALMOST UNKOWN IN BAHIA (his native Brazilian state)

[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor deste artigo]
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A edição de 16 de dezembro de 2007 do jornal brasileiro Correio da Bahia publicou matéria sobre o médico baiano Manuel Augusto Pirajá da Silva (1873-1961), revelando o desconhecimento por parte dos habitantes da Bahia sobre sua importante contribuição à medicina e à história médica do Brasil.

Pirajá da Silva foi pioneiro na descoberta e identificação do Schistosoma mansoni no Brasil (e na América do Sul), em 1908.

Resumimos e editamos os dados mais relevantes do citado artigo jornalístico, apresentados a seguir.

São mínimas ou inexistentes as referências a Pirajá da Silva, principalmente na cidade de Salvador, onde manteve intensa atividade intelectual.

Os mais de 15 mil livros de sua coleção encontram-se em São Paulo, na Biblioteca Mário de Andrade; e, peças de sua família, estão no Museu do Ipiranga.

Em Salvador, na Faculdade do Terreiro de Jesus, na sala da congregação da Faculdade de Medicina, há um quadro com sua fotografia, porém não há qualquer alusão à sua extensa obra.

No local da faculdade onde mantinha seu gabinete, com uma bela vista para a Baía de Todos os Santos, também não existe nenhuma indicação de que ali trabalhou um dos maiores cientistas brasileiros do século XIX.

O autor do material jornalístico indaga "por que Pirajá da Silva não foi merecedor das homenagens rendidas pela Academia a Carlos Chagas, Hideyo Noguchi, Estácio de Lima e Gonçalo Moniz?"

No Hospital Santa Isabel, da Faculdade de Medicina da Bahia, onde passou vários anos pesquisando a esquistossomose, a placa descerrada pelo cinqüentenário de sua descoberta simplesmente desapareceu.

O sobrinho-neto do pesquisador, professor Fernando da Rocha Peres, refere que Pirajá da Silva talvez tenha encontrado em São Paulo o verdadeiro reconhecimento que faltou ao seu estado natal. Pirajá da Silva migrou para a capital paulista em busca de melhores condições de pesquisa.

Após sua aposentadoria, todo o laboratório que manteve e construiu na Faculdade do Terreiro de Jesus, se dispersou. Não se conhece o paradeiro de seu material de trabalho, como microscópios, anotações pessoais, lâminas.

No Memorial da Medicina Brasileira, em Salvador, não há sessão dedicada a Pirajá, o mais importante descobridor brasileiro de um metazoário patogênico.

O Correio da Bahia informa que, em 2008, quando se completa o centenário da principal descoberta de Pirajá da Silva, o Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz, unidade da Fiocruz na Bahia, promoverá o Simpósio Internacional de Esquistossomose, com concessão de medalhas de bronze com a efígie de Pirajá da Silva (imagens acima) aos médicos que mais se destacaram no estudo da esquistossomose./eat




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[Last modified: 21-Aug-2010]
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Um comentário:

Pri disse...

Oi estava pesquisando sobre a vida do Dr Pirajá da Silva porque na minha cidade tem uma escola que ele fundou tambem chamada "Dr. Pirajá da Silva" que continha documentos sobre ele e aí descobri que ele era medico e resolvi pesquisar, eu tambem acho que ele merece mais reconhecimento sobre sua grande descoberta, obrigada.