25 de abril de 2008

APONTAMENTOS EM HISTÓRIA DA MEDICINA V

ENTRIES ON HISTORY OF MEDICINE V

[Autor: ELVIO ARMANDO TUOTO]
[NÃO AUTORIZO CÓPIA]
Copyright © Elvio Armando Tuoto, 2008-2013


PEDRO DE HORTA: O PRIMEIRO EPILEPTOLOGISTA DAS AMÉRICAS
Em 1763 o espanhol Pedro de Horta, médico graduado no México, escreveu o primeiro tratado sobre epilepsia das Américas, intitulado El Informe Medico-Moral de la Penosissima y Rigorosa Enfermedad de la Epilepsi.
Compilou metodicamente uma extensa monografia, a pedido da madre superiora do convento de San Gerónimo, em Puebla de los Angeles, México, com o intuito de esclarecer se as crises convulsivas muito freqüentes entre as noviças, eram de origem demoníaca ou devido a causas naturais.
Sua obra incluiu todo o conhecimento médico sobre a epilepsia na época, com relatos detalhados das crises, as causas e o tratamento.
Por esse grande feito, Pedro de Horta, tem sido considerado, o primeiro epileptologista das Américas./eat

REFERÊNCIA:
1- García-Albea E. (1998): ["El Informe Médico-Moral de la Penosissima y Rigorosa Enfermedad de la Epilepsi" (1763) by the Spaniard Pedro de Horta, the 1st American treatise on epilepsy]. [In Spanish.] Rev Neurol. 26(154):1061-3./eat


LIVRO: A SAÚDE PÚBLICA NO RIO DE DOM JOÃO
A Editora Senac Rio acaba de lançar o livro A Saúde Pública no Rio de Dom João. Na verdade, um relançamento de dois textos do século 19 reunidos em um só volume, com prefácio de Moacyr Scliar.
O texto principal é de autoria do médico Manoel Vieira da Cunha (um dos conselheiros de Dom João VI), entitulado Reflexões sobre Alguns dos Meios Propostos por Mais Conducentes para Melhorar o Clima da Cidade do Rio de Janeiro (1808), considerado o primeiro texto médico publicado no Brasil.
O opúsculo de apenas 14 páginas foi acrescido, em 1820, de prolegômenos do médico pernambucano Domingos Ribeiro dos Guimarães Peixoto.
A obra contém sugestões para a prevenção de doenças infecciosas no Rio de Janeiro, além de críticas à vigilância sanitária da época./eat


FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA: 200 ANOS
A Faculdade de Medicina da Bahia (Fameb), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), completou 200 anos em 18 de fevereiro de 2008.
Recebeu, inicialmente, o nome de Escola de Cirurgia da Bahia, sendo a mais antiga instituição de ensino superior do Brasil.
Sua fundação foi uma das primeiras medidas tomadas por Dom João VI após a chegada ao país em 1808, sendo uma recomendação do cirurgião-mor do reino, o pernambucano José Correia Picanço.
Em 1832, a instituição ganhou o nome atual de Faculdade de Medicina da Bahia, passando a formar doutores e não mais cirurgiões.
Um dos primeiros periódicos científicos brasileiros, a Gazeta Médica da Bahia, foi fundado em 1864, nessa faculdade.
Foi também na Faculdade de Medicina da Bahia que Rita Lobato Velho Lopes graduou-se em 1887, tornando-se a primeira mulher a cursar medicina no país.
Refere-se que, em 1897, professores da faculdade realizaram uma radiografia para orientar o tratamento de um ferimento à bala em uma vítima da guerra de Canudos. Esse feito é considerado como a primeira investigação radiológica de ferimento por arma de fogo no mundo./eat

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