THE HISTORY OF CEREBROSPINAL FLUID
Resumo de tema livre que apresentamos no XI Congresso Brasileiro de História da Medicina, em outubro de 2006, em Goiânia (Brasil):
Título: A HISTÓRIA DO LÍQUIDO CEFALORRAQUIANO
Autor: ELVIO ARMANDO TUOTO
Instituição: International Society for the History of the Neurosciences (ISHN)
Resumo: O autor revisa a história do líquido cefalorraquiano (liquor cerebrospinalis) desde os antigos egípcios até a nossa era, abordando, inclusive, estudos pioneiros de eminentes médicos brasileiros. São mencionadas as contribuições de Hipócrates, Galeno, Vesálio, Valsalva e a descrição minuciosa do líquor efetuada pelo inglês Francis Glisson. Em 1764, o anatomista italiano Domenico Cotugno publicou uma pesquisa, definitiva para a época, sobre o líquor. François Magendie, em 1827, foi autor de um estudo detalhado sobre a secreção e reabsorção do líquido cefalorraquiano. A punção liquórica lombar foi introduzida, em 1891, por Heinrich Quincke na Alemanha e por Walter Wynter na Grã-Bretanha, através de pesquisas independentes visando à redução da pressão liquórica com fins terapêuticos. Hans Queckenstedt foi o responsável por importantes estudos na Alemanha, sobre a dinâmica do líquor. Diferentes pesquisadores publicaram estudos químicos, citológicos e bacteriológicos do líquido cefalorraquiano, destacando-se os cientistas franceses George Froin (descreveu a síndrome do bloqueio liquórico medular, em 1903) e Mestrezat (publicou trabalho sobre a química liquórica, em 1911). Em 1918, o cirurgião norte-americano Walter Dandy introduziu a ventriculografia e, no ano seguinte, a pneumoencefalografia. Em 1921, Jean Sicard e Jacques Forestier, na França, descreveram a primeira mielografia. A punção liquórica cisternal pioneira foi realizada pelo norte-americano James Ayer, em 1920. No Brasil, Miguel Couto foi o primeiro a efetuar uma punção lombar com fins diagnósticos, no Rio de Janeiro, em 1897. Outro precursor da raquicentese no Brasil foi Juliano Moreira, o qual a executou em 1902. Moreira instalou o primeiro laboratório de análises clínicas do país em 1923, no Rio de Janeiro, a partir do qual se estabeleceu a rotina das punções lombares diagnósticas. Em 1926 foi realizada a primeira punção liquórica cisternal no Brasil por Faustino Esposel, no Rio de Janeiro, e Antonio Cândido de Camargo e Enjolras Vampré, em São Paulo. Augusto Brandão Filho foi o autor da primeira ventriculografia no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1924. Oswaldo Langue, em São Paulo, dedicou-se à pesquisa do líquido cefalorraquiano, sendo reconhecido internacionalmente, nos anos 30, pela descrição da síndrome liquórica na neurocisticercose e pelo desenvolvimento da técnica de detecção de células neoplásicas no líquor. Oswaldo Lange publicou, em 1938, o primeiro livro em língua portuguesa sobre o estudo do líquido cefalorraquiano.
Para citar este trabalho (citation):
Tuoto, E. A. "A história do líquido cefalorraquiano." Anais do XI Congresso Brasileiro de História da Medicina, Goiânia (Brasil), outubro de 2006.
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CITAÇÕES DESTE ARTIGO POR OUTROS AUTORES:
1- Almeida RF. Punção lombar: um exame esquecido. Migrâneas cefaléias 2009; 12(1):36-39.
[ELVIO ARMANDO TUOTO: Autor do conteúdo escrito deste artigo, inclusive criação, pesquisa, tradução e edição]
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[Last modified: 3-Nov-2010]
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