6 de setembro de 2012
"O CACO (BARCELLOS) FEZ CACA": DESRESPEITO E AFRONTA À CLASSE MÉDICA BRASILEIRA
O bordão usado pelo jornalista Caco (Cláudio) Barcellos, 62 anos, ao anunciar seu programa é: "os bastidores da noticia, nos desafios da reportagem, agora no Profissão Repórter".
O programa Profissão Repórter apresentado pela Rede Globo (maior rede de TV aberta do Brasil) em 4 de setembro de 2012 recebeu o título pretensioso de O Perigo do Uso de Remédios Controlados (nas palavras do próprio Caco).
O trabalho jornalístico apresentado é totalmente desprovido de conteúdo e não segue uma linha de raciocínio lógico. Não parece haver um roteiro ou uma pauta.
A apresentação se inicia quando uma das repórteres supostamente "aprendizes" do Caco informa ao telespectador que ela está em uma farmácia da cidade de São Paulo (SP) onde teve acesso aos receituários de Notificação B (tarja preta), nos quais os médicos receitam psicotrópicos que poderiam causar dependência.
Alertamos que a quebra do sigilo médico das prescrições de psicotrópicos por parte dessa farmácia paulista já configuraria crime, do qual os jornalistas envolvidos seriam, no mínimo, cúmplices.
A repórter-aprendiz "denuncia" que "médicos de diversas especialidades estavam receitando remédios controlados, entre eles cirurgiões plásticos, ginecologistas e oftalmologistas". E, em atitude totalmente desrespeitosa, questiona uma médica ginecologista por que ela teria prescrito um tranquilizante para si mesma. A tentativa de desmoralizar a classe médica continua com entrevistas desastrosas em que as inquietas e desnorteadas repórteres fazem perguntas incisivas a médicos acuados pelo "padrão-Globo de qualidade" sobre o porquê de suas receitas de medicamentos controlados para um filho ou outro parente.
Em seguida, o experiente Caco faz uma chamada "bombástica" sobre os "profissionais de saúde que hoje tentam se livrar do vício dos remédios controlados". Uma "ex-usuária" "revela" que "há casos de dependência química entre médicos, fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatras".
Depois de tamanha incompetência jornalística "nos bastidores da noticia e nos desafios da reportagem", o global Caco consegue se superar: mostra suas discípulas entrevistando ex-dependentes de crack, cocaína e álcool, os quais estão em uso terapêutico de medicamentos psicotrópicos. E "revela": "o uso dos remédios controlados os deixou esquecidos, com problemas de memória e concentração", induzindo o telespectador a acreditar que o déficit de memória seria devido aos psicotrópicos e não ao uso de crack durante dez anos ou mais.
Esta reportagem é, provavelmente, a pior reportagem da vida do respeitado jornalista. Solicitamos ao Sr. Caco que oriente sua produção a pesquisar com mais diligência os temas das reportagens, a respeitar as diferentes categorias profissionais, a evitar o sensacionalismo barato, a não confundir ou iludir (involuntariamente) os milhões de (ingênuos) telespectadores brasileiros.
ASSISTA AO PÉSSIMO PROGRAMA EXIBIDO EM 04/09/2012:
http://www.youtube.com/watch?v=NaMDUFYprQE
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